SACRIFÍCIO = UNIDADE = SOBREVIVÊNCIA

A unidade, a eficiência e mesmo a sobrevivência de A.A. sempre dependerão de nossa contínua boa vontade para renunciar a nossos desejos e ambições pessoais, pela segurança e bem-estar comum. Do mesmo modo que o sacrifício significa sobrevivência para o indivíduo, também significa unidade e sobrevivência para o Grupo e para a irmandade de A.A. como um todo.

NA OPINIÃO DO BILL

Aprendi que devo sacrificar algumas de minhas características pessoais para o bem de A.A. e, como resultado, tenho sido recompensado com muitas dádivas. O falso orgulho pode ser inflado pelo prestígio, mas vivendo a Sexta Tradição, recebo a dádiva da humildade. Cooperação sem afiliação muitas vezes é enganadora. Se não me envolvo com outros interesses, estou livre para manter A.A. autônomo. Então a Irmandade estará aqui, saudável e forte para as gerações que virão.

UM EFEITO DE ONDULAÇÃO

Tendo aprendido a viver de forma tão feliz, mostraríamos ao resto do mundo como fazê-lo... Sim, nós de A.A. idealizamos tais sonhos. Nada mais natural, pois a maioria dos alcoólicos não passam de idealistas falidos... Por que então não compartilhar o nosso modo de vida com o resto do mundo?

OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADICÕES

A grande descoberta da sobriedade levou-me a sentir a necessidade de espalhar "boas novas" para o mundo à minha volta. Os pensamentos grandiosos dos meus dias de bebida retornaram. Mais tarde, aprendi que a concentração em minha própria recuperação era um processo de plena dedicação. Quando tornei-me um cidadão sóbrio neste mundo, observei um efeito de ondulação que, sem qualquer esforço consciente de minha parte, alcançou outras "entidades relacionadas ou empresas alheias" sem me desviar do propósito primordial de manter-me sóbrio e ajudar outros alcoólicos a atingir a sobriedade.

A DETERMINAÇÃO DE NOSSOS FUNDADORES

Um ano e seis meses depois, estas três pessoas haviam alcançado êxito junto com mais sete.

ALCOÓLICOS ANÔNIMOS

Se não fosse a férrea determinação de nossos fundadores, A.A. teria desaparecido rapidamente, como tantas outras chamadas boas causas. Vejo centenas de reuniões na cidade onde vivo e sei que A.A. está à disposição 24horas por dia. Se eu tivesse de continuar com nada além da esperança e do desejo de não beber, experimentando rejeição por onde quer que fosse, teria procurado o caminho mais fácil e suave, e retornado ao meu antigo modo de viver.

ACEITANDO A MANEIRA DE A.A.

Seguimos os Passos e as tradições de A.A. Porque realmente os desejamos para nós. Não é mais uma questão de ser uma coisa boa ou ruim; aceitamos porque sinceramente desejamos aceitar. Esse é o processo de crescimento em unidade e serviço. Essa é a prova da graça e do amor de Deus entre nós.

A.A. ATINGE A MAIORIDADE
É divertido observar o meu crescimento em A.A. Eu lutei contra aceitar os princípios de A.A. desde o momento em que ingressei, mas aprendi pela dor de minha beligerância que, escolhendo viver pela maneira de vida de A.A., me abria para a graça e o amor de Deus. Então comecei a conhecer o significado completo de ser um membro de Alcoólicos Anônimos.

UMA DÁDIVA QUE CRESCE COM O TEMPO

Para a maioria das pessoas normais, a bebida significa o convívio, o companheirismo e uma imaginação colorida. Significa a liberação momentânea da ansiedade, do desgosto e da angústia. É a intimidade alegre com os amigos e o sentido que a vida é boa.

ALCOÓLICOS ANÔNIMOS

Quanto mais perseguia estes sentimentos ilusórios com o álcool, mais fora de alcance eles ficavam. Contudo, aplicando esta passagem para minha sobriedade, descobri que ela descreve a magnífica vida nova disponível para mim pelo programa de A.A.. As coisas realmente melhoram, um dia de cada vez. O calor, o amor e a alegria tão simplesmente expressos nestas palavras, crescem em alcance e profundidade cada vez que as leio. Sobriedade é uma dádiva que cresce com o tempo.

UMA RUA DE MÃO DUPLA

Se pedirmos Deus certamente perdoará nossas negligências, porém, sem a nossa cooperação em nenhum caso nos torna brancos como a neve e nos mantém assim.

OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES

Quando rezava, costumava omitir muitas coisas que eu precisava que fossem perdoadas. Pensava que se não falasse dessas coisas para Deus, Ele nunca ficaria sabendo sobre elas.

Não sabia que se eu tivesse me perdoando por algumas das minhas ações passadas, Deus me perdoaria também. Sempre fui instruído a me preparar para a jornada da vida, nunca percebendo até chegar em A.A. que a própria vida é a jornada - quando então honestamente tornei-me disposto a aprender a perdoar e a a ser perdoado. A jornada da vida é algo muito feliz, desde que eu esteja disposto a aceitar uma mudança de vida e responsabilidade.

UM JARDIM DE INFÂNCIA ESPIRITUAL

Estamos apenas pondo em funcionamento um jardim de infância espiritual, no qual as pessoas ficam capacitadas a parar de beber e a encontrar a graça para viver de melhor maneira. 

NA OPINIÃO DO BILL

Quando vim para A.A., estava correndo para a garrafa e desejava perder a obsessão pela bebida, mas realmente não sabia como fazê-lo. Decidi ficar o tempo suficiente para descobrir com aqueles que vieram antes de mim. De repente estava pensando sobre Deus! Me falaram para conseguir um Poder Superior e eu não tinha ideia de como seria Este. Descobri então que havia muitos Poderes Superiores. Falaram-me para achar Deus, como eu O concebo, pois não havia doutrina de divindade em A.A. Encontrei o Poder Superior que funcionava para mim e então pedi a Ele que me devolvesse á sanidade. A obsessão pela bebida foi removida e - um dia de cada vez - minha vida continuou e aprendi como viver sóbrio.

CONFIANDO NOS OUTROS

Mas, acaso a confiança exige que sejamos cegos em relação aos motivos dos outros ou até aos nossos? Absolutamente; isto seria uma loucura. Certamente deveríamos avaliar tanto a capacidade de fazer o mal como a capacidade de fazer o bem nas pessoas em quem vamos confiar. Esse inventário particular pode revelar o grau de confiança que podemos depositar em qualquer situação que se apresente.

NA OPINIÃO DO BILL

Eu não sou vítima dos outros, mas sim uma vítima de minhas expectativas, escolhas e desonestidade. Quando espero que os outros sejam o que eu quero que sejam e não o que eles são, quando eles deixam de alcançar minhas expectativas, então me magoo. Quando minhas escolhas são baseadas em meu egocentrismo, me encontro sozinho e desconfiado. Adquiro confiança em mim mesmo, contudo, quando pratico a honestidade em todos os meus assuntos. Quando examino meus motivos e sou honesto e confiante, sou consciente dos possíveis danos que surgem em algumas situações, podendo assim evitá-las.

HOJE, ESTOU LIVRE

Isso me levou à boa e saudável conclusão de que havia muitas situações no mundo sobre as quais eu não tinha nenhum poder pessoal - que se estava tão pronto a admitir isso a respeito do álcool, devia admitir também em relação a muitas outras coisas. Tinha que ficar quieto e entender que Ele era Deus, não eu. 

NA OPINIÃO DO BILL

Estou aprendendo a praticar aceitação em todas as circunstâncias de minha vida, para poder desfrutar de paz de espírito. Houve um tempo em que a vida era uma batalha constante, porque eu sentia que tinha que passar cada dia lutando comigo mesmo e com todo mundo. Finalmente isso tornou-se uma batalha perdida. terminava embrigado e chorando sobre minha miséria. Quando comecei a me soltar e a deixar Deus tomar conta de minha vida, comecei a ter paz de espírito. Hoje sou livre.

Não preciso lutar contra mais nada nem contra ninguém.

MEDO E FÉ

A conquista da libertação do medo é uma tarefa para toda a vida, é algo que nunca pode ficar completamente concluído.

Ao sermos duramente atacados, estarmos gravemente enfermos ou em qualquer situação de séria insegurança, todos nós vamos reagir a essa emoção de alguma maneira - bem ou mal - conforme o caso se apresente. Somente os que enganam a si mesmos alegam que estão totalmente livres do medo.

NA OPINIÃO DO BILL

O medo causou-me muito sofrimento, quando poderia ter tido mais fé. Há horas em que o medo subitamente me arrasa, justamente quando estou experimentando sentimentos de alegria, felicidade e leveza no coração. A fé - e um sentimento de valor próprio em relação a um Poder Superior - me ajudam a suportar a tragédia e o êxtase. Quando optar por entregar ao meu Poder Superior todos os meus medos, então eu serei livre.

A.A. Reflexões Diárias Pag. 181

Libertação do Medo

O problema de acabar com o medo apresenta dois aspectos. vamos ter qeu tentar nos libertar de todo o medo que for possível. Depois, vamos precisar encontrar tanto a coragem como a graça para lidar construtivamente com qualquer espécie de medo que ainda reste.

NA OPINIAO DO BILL

           A maioria de minhas decisões eram baseadas no medo. O álcool tornou a vida mais fácil de encarar, mas chegou a hhora em que o álcool não era mais uma alternativa para o medo.

           Uma das maiores dádivas em A.A. para mim foi a coragem para agir, o que posso fazer com a ajuda de Deus. Após cinco anos de sobriedade, precisei tratar com uma pesada dose de medo. Deus colocou pessoas na minha vida para me ajudar a fazer isso e, praticando os Doze Passos, estou me tornando a pessoa completa que desejo ser e, e por isto, sou profundamente grato.

Reflexões Diárias pag. 180. A.A

Regeneração em A.A.

Tal é o paradoxo da regeneração em A.A.: a força nascendo da fraqueza e a derrota completa; a perda de uma vida antiga como condição para encontrar uma nova.


A.A. ATINGE A MAIORIDADE






Milhares de reveses por causa do álcool não me deram coragem de admitir minha derrota. Acreditava que era minha obrigação moral conquistar meu "inimigo-amigo". Na minha primeira reunião de A.A., fui abençoado com um sentimento de que estava tudo bem admitir a derrota para uma doença que não tinha nada a ver com minha "fibra moral". Instintivamente soube que estava na presença de um grande amor, quando entrei pelas portas de A.A. Sem nenhum esforço de minha parte, fiquei consciente de que amar a mim mesmo era bom e correto, como Deus pretendia. Meus sentimentos me libertaram, enquanto meus pensamentos tinham me mantido na escravidão. Eu sou grato.






ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, Reflexões Diárias, Pg. 179.

heroes

De onde surgiu essa busca para desvendar os mistérios da vida, em que as coisas mais simples nunca serão respondidas: Porque estamos aqui? O que é a alma? Por que sonhamos? Talvez seja melhor não pensar nisso. Não estudar e nem investigar isso. Mas essa não é a natureza humana. Não é o que temos no coração. Não estamos aqui por isso.

Sobre a vida.. a morte.

Somente na sexta a tarde quando fui trabalhar pude ver melhor sobre a notícia da chacina na escola em Realengo e agora tenho tentado acompanhar, a cada matéria que vejo me dá uma tristeza tão grande.... uma angustia tão forte, e meus olhos se enchem d´agua.
Como é que pode, um dia você levanta, separa uma roupa legal pra sair, arruma o material, pega sua playlist, faz planos pra noite, arruma as idéias, pensa nos prazos, nas provas, nas férias, adia o primeiro beijo e o recadinho, e de repente.... você morreu.

Um dia você levanta e diz amanhã eu ligo pra aquela pessoa, amanhã eu vou lá ver ela, amanhã eu digo que amo e respondo o e-mail, amanhã eu ligo de volta, depois eu dou o abraço bem forte, e de repente...... (como isso dói!) não existe mais amanhã.

Eu sempre vou pensar no Haroldo (aliás nas últimas semanas eu vinha pensando muito nele, boas lembranças) e sempre vou pensar que eu podia ter amado mais, e mostrado mais, e feito mais... e eu sempre vou sentir falta. E tudo isso é que me faz ter certeza que, por mais bobo e simples que possa parecer, e convenhamos por mais clichê que seja, a coisa que mais importa nesta vida é o amor, o amor que sentimos pelas pessoas e o amor que recebemos de volta. Esse é o único bem precioso, que vale a pena, é só isto que fica com a gente depois que a gente morre, e é com isto que a gente se eterniza.

O Haroldo faleceu fez agora quatro anos. Mas ele continua aqui, de alguma forma. Em lembrança, em carinho, em amor, em pressentimento. Quando eu penso na reação q ele teria vendo tal filme, ou ouvindo tal música, ou as coisas que não conseguimos fazer... aí eu penso nestas tragédias como das crianças do Realengo. E na dor e no desespero dos pais... dos amigos.... e isso só me traz é mais vontade de botar muita perspectiva nessa vida que eu possuo. MUITA PERSPECTIVA. Pelo menos tentar, porque vida é só essa mesmo e não há sentido em ser tão "leviano" com o que há de mais importante... o amor... não faz sentido não abraçar quando se tem vontade de abraçar, não dizer o que se tem vontade de dizer, não faz sentido priorizar aquele receio que te segura e que nunca deveria ter vez. Simplesmente não faz sentido não fazer o que se tem vontade de fazer , não aproveitar cada oportunidade que se tem de ser feliz.

Quando a gente põe em perspectiva que este dia, este mês, este ano podem ser nossos últimos, não faz mais sentido desperdiçar tempo, porque desperdiçar tempo é, sobretudo, desperdiçar VIDA.


“A morte, por si só, é uma piada pronta.
Morrer é ridículo.Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça. Por isso viva tudo que há para viver.
Pedro Bial