Uma mente fria...
Um assobio
Que faz lembrar
Daquele dia quente
E mesmo quente
Fez arrepiar
Arrepio
Que deixa a gente
Sem respirar
A perfeita simetria
Provocada pelo inexplicável
Fez o improvável
Tornar-se alegria
Contudo o medo destruidor
Desfez os planos
Transformou em um engano
A forma mais pura de amor
O que era intensamente natural
Transformou-se em algo inversamente intenso
O que surgia, não podia, não devia, uma agonia;
Pois não sabia, e jamais saberá
Onde poderia chegar.
Hoje não vive
Pois segue tentando camuflar
Mentindo para si próprio
Lutando contra o surgimento natural
Ocultando a realidade
Promovendo a insalubridade
De algo que seria fenomenal.
Viver assim não é viver
É apenas enganar-se
Pois abafar-se
Faz por dentro morrer.
As possibilidades vão existir
E cada um pode escolher
Definir um correto proceder
Sem a necessidade de omitir.
A omissão gera ilusão
Esconde a nostalgia
De uma mente cansada e fria
Repleta de inquietação.
A mente barulhenta
Faz surgir novas vidas
Grita e projeta
Fantásticas alternativas
O medo entretanto
Corrói o encanto
Dilacera as possibilidades
Aumenta a infelicidade
A saudade...
Saudade que já foi quente
Deixando fluir o que tem na mente
Vislumbrando a perfeição
Mas, ouvindo o coração
Hoje o resumo é a nostalgia
Uma saudade fria...
E que resfria, como resfria!!
Tudo o que poderia
Trazer alegria
Uma vida
Duas vidas
Três vidas
Vidas infinitas
Vidas que não existiu
E não existirá
Pela incapacidade alheia
De se adaptar.
Vivemos de escolhas,
Isso eu sei
Mas optar por algo menor?
Escolher algo abaixo de suas expectativas?
Ah isso eu nunca entenderei.
Entretanto aceito e não questiono mais,
A vida é feita do que dela vós faz
Se não queres compreender, questionar, interpretar,
Quiçá dialogar
Vá em frente..
É melhor mesmo evitar...
Dispensar...
Ser omisso traz conforto
Evitar o desprazer de decidir
Te a dá a paz, ilusória, do não agir
Mas pra mim..... Ser humano que não agi, já está morto!"E se você não percebeu...
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu!
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