Viver ultrapassa qualquer entendimento. Mas e a morte?
Qual a hora certa dela entrar em cena e tirar você de cena?
O que determina este momento, potencialmente, doloroso e incompreensível?
Não tenho medo da morte, acredito que no momento em que ela chega é o momento certo. Certo para que? Eis a grande questão.
Vivemos um eterno balbuciar de atitudes e somos pegos de surpresa no instante em que não existe mais escolha, e as vezes duvidamos que as nossas escolhas foram que nos levaram até este momento tão difícil de compreender, porém de extrema facilidade na execução: a morte.
A morte está para cada um assim como o aprendizado. É um momento único em que você, e unicamente você, poderá saber as consequências e as maravilhas do descobrimento.
A vontade humana e o seu incompleto conhecimento nos fazem olhar para a morte como algo trágico e frequentemente fora do tempo. As pessoas podem prolongar a vida, cada um através das suas escolhas está todos os dias retardando o momento de sua partida, mas ainda assim sabemos que a morte é nossa unica certeza.
A inconstância dos atos denota uma certa nostalgia em mim... não importa o que façamos; iremos morrer.
Não justifica a correria do dia, um dia simplesmente, e é mesmo simples assim, iremos acordar em outro estado de espírito; FATALMENTE, INDISTINTAMENTE; Morreremos.
E neste momento difícil, logo após a morte "repentina" de um grande amigo fulminado por um infarto, não consigo encontrar explicações para o objetivo verdadeiro desta nossa passagem.
De onde eu vim?
Para onde vou?
Quem eu sou?
O que verdadeiramente irá nos levar ao real objetivo desta vida? E qual é este objetivo?
Homens e mulheres tentam explicar a todo momento, mas como explicar algo do qual não entendemos? Como um ferreiro poderia explicar com propriedade as imperfeiçoes ou qualidades de uma madeira? E mesmo o carpinteiro teria como explicar a verdadeira funcionalidade da madeira? Cada um sempre irá argumentar de acordo a sua necessidade, e isto é que põe em dúvida a veracidade dos fatos. Do ponto de vista do carpinteiro a madeira é melhor, já o serralheiro não pensa assim, pra ele o ferro tem mais utilidade, e os dois estão certos.
Então como identificar o objetivo já que cada um tem visões diferentes?
A história nos conta que esse questionamento sempre existiu, e na busca por essa resposta recorri ao livro mais antigo da humanidade - será mesmo o mais antigo? -
Eis que na Bíblia, em todos os capítulos de Eclesiastes é transcrita toda essa dúvida que me assola neste momento.
Eis alguns versículos:
"O que o homem ganha com todo o seu trabalho em que tanto se esforça debaixo do sol?
Eclesiastes 1:3
O homem sábio tem olhos que enxergam, mas o tolo anda nas trevas; todavia, percebi que ambos têm o mesmo destino.Eclesiastes 2:14
Que proveito tem um homem de todo o esforço e de toda a ansiedade com que trabalha debaixo do sol?
Eclesiastes 2:22
Eclesiastes 2:22
O destino do homem é o mesmo do animal; o mesmo destino os aguarda. Assim como morre um, também morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego de vida; o homem não tem vantagem alguma sobre o animal. Nada faz sentido!
Eclesiastes 4:19
Eclesiastes 4:19
Texto na integra >>> http://www.bibliaonline.com.br/nvi/ec/1
E todo o texto é fantástico e instigante neste sentido...
Então concluo que não há como saber, apenas viver, buscar a sabedoria e preparando-se para o que vem e o que virá após este chegar. E cada um em suas particularidades deveram dar conta das consequências e prazeres que esta vida nos oferece, cada qual com suas peculiaridades, que assim como impressões digitais, jamais serão iguais!