Decidir Despertar!

Percebo que muito pouco pode ser feito, ou melhor, nada pode ser feito para mudar a concepção de qualquer pessoa. Mesmo no ato da persuasão e da argumentação o fato é que o alheio não muda de opinião, mas apenas aceita um conceito que já existia dentro de si e que foi revelado agora. Entretanto caso esse conceito não existisse, jamais poderia ser convencida à mudar de ideia.

Analisemos com alguém que decide acordar mais cedo do que o habitual; Ela escolhe acordar mais cedo por algum motivo,  e programa um despertador. 

No horário definido o despertador cumpre o seu papel, e enquanto ele "grita" o seu dono resolve que não irá levantar naquele momento e prorroga por mais 5 minutos, nos cinco minutos seguintes a cena se repete e assim vai acumulando até que depois do sexto ciclo alguém tenta alertar o dorminhoco que já se passaram 30 minutos. A unica função desse alerta será o de lembrar que o tempo está se acumulando, pois ele tem perfeita consciência de que já está atrasado, fato esse confirmado pelo alarme do despertador. Sendo assim, se o individuo está decidido a dormir mais um pouco, não adianta ninguém ficar lhe alertando, pois ele só levantará no seu tempo, ou seja quando bem entender.

Alguns mudam esses costumes por querer melhorar de vida, mas outros só irão mudar quando não aguentarem mais de sofrer, e muitos inertes passaram a vida inteira acordando atrasados, sempre correndo atrás do tempo e pagando os infortúnios da sua falta de atitude.

Aceitar as decisões alheias é antes de tudo uma maneira sensata de colaborar com a ordem natural do universo. E a isso está adicionado a máxima bíblica: não jugue para não ser jugado.

Ninguém sabe o que realmente se passa por trás de uma decisão, o que aparentemente é simples pra um, pode ser quase impossível pra outrem. O fato é que historicamente a realidade demonstra que cada um passará por seus percalços até que possa identificar e posteriormente tomar uma atitude em relação à sua dificuldade, ou não. Alguns vivem e se acostumam com determinadas realidades, que anteriormente incomodavam e que acabam se tornando normais com o decurso do tempo.