E de repente um vazio enorme preenche o que não se pode preencher ao mesmo tempo em que já está completo. Sempre esteve completo, e está; todavia falta algo.
O tudo se constitui de nada e este nada está cada vez mais repleto do meu tudo.
É privando-me dos meus desejos insensatos que me é mostrado o que eu preciso, é neste sofrimento sem razão que posso ver e, principalmente, sentir que eu sou invencível.
Tudo em mim diz que não é possível, mas eu dou prova irrefutável de que é palpável, e que já é real. Eu vivo, eu posso viver assim, já estou vivendo dessa maneira. O poder que habita em mim define todas as melhores alternativas disponíveis para o meu progresso, e quando enxergo com os olhos da paciência e da fé, crença e confiança no desconhecido, só então posso concluir que aqui estou por uma razão, e o caminho que me trouxe aqui fez parte de um aprendizado inerente, um aprendizado que não depende apenas de mim, depende de todo o universo que me rodeia e que contribui para me levar exatamente onde eu preciso estar, e se aqui estou, aqui é o melhor lugar para a minha evolução pessoal, seja ela qual for.
Uma atitude muda tudo, mas acredito que minha próxima atitude diante da mudança é o que realmente importa e provoca a mudança crucial. O mundo nos traz muitas alternativas e as vezes até impõe algumas em nossa vida, mas você sempre terá o poder da escolha, só você tem a chave, só você pode abrir ou fechar a porta para tais coisas entrarem. Estando elas disponíveis no seu “inventário” cabe também a você avaliar e identificar o que realmente importa para a sua evolução, e novamente, só você pode identifica-las, pois ninguém jamais saberá quais os seus planos mais íntimos, e é nesta hora que nos colocamos em um dos maiores dilemas de todas as gerações: deixar ir o que aparentemente já cumpriu o seu papel no nosso desenvolvimento pessoal.
Parece fácil, mas frequentemente não o é!
Não conseguimos deixar facilmente o que possuímos, mesmo que aquilo esteja lá no fundo nos levando para um abismo de sofrimento. É preciso muita força de vontade e persistência para deixar qualquer coisa ir.
Como se desfazer daquele brinquedo que por anos nos fez companhia em nossa infância, mas que agora já não é mais conveniente?
Como deixar de lado conceitos fixados em nosso íntimo anos atrás, e que agora sabemos não condizer com a nossa realidade?
Como abandonar aquele velho hábito ruim?
Mesmo sabendo que é ruim ele insiste em permanecer e trazer sofrimento, um sofrimento burro, um sofrimento desnecessário, um sofrimento que não traz ensinamentos pois está alicercado na mais pura ilusão e na dúvida insensata.
A indecisão congela o fluxo, deixa estagnado até o mais belo dos pensamentos. Evoluir resilientemente consiste em decidir de imediato, o universo é imediatista. A função primordial do ser humano é arbitrar para o sim ou para o não, mas jamais querer se dar o desprazer - de apreciar - o terreno da indecisão e deixar que outros indiquem o rumo de sua vida.
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